Dólar sobe após dados negativos na Europa e à espera de payroll
O dólar voltou a subir nesta sexta-feira, 3, e encaminha para sua sétima semana consecutiva de alta. O movimento, que reflete a maior aversão a risco no mundo, ganhou força com os dados negativos sobre a atividade econômica na Europa. O mercado também segue atento aos dados do relatório de empregos urbanos dos Estados Unidos (payroll), que vão ser divulgados ainda nesta manhã. Às 9h20, o dólar comercial subia 0,2%% e era vendido a 5,275 reais, enquanto o dólar turismo permanecia estável, a 5,56 reais.
Na Europa, o índice de gerente de compras (PMI) composto de março ficou em 29,7 pontos, muito atrás dos 50 pontos dividem a expansão da contração da atividade. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava 31,4 pontos. O destaque negativo ficou para o PMI de serviços da Itália, que registrou 17,4 pontos , quase 5 pontos abaixo da estimativa média.
Se o relatório de emprego dos Estados Unidos apontar para uma redução de mais de 100 mil postos de trabalho (esperado pelo mercado), a tendência é a de que a busca por ativos de segurança se intensifique ainda mais, desvalorizando as moedas de países emergentes.
“Com esse cenário de aversão a risco e políticas monetárias expansionistas, é superplausível ver o dólar chegando a 5,50 reais”, disse Marcel Zambello, analista da Necton Investimentos.
Nesta manhã, o dólar também ganhava força contra a lira turca e o peso mexicano, mas perdia em relação ao rublo russo, após maior alívio no conflito comercial entre Rússia e Arábia Saudita envolvendo a produção mundial de petróleo.
Na quinta-feira, 2, o presidente Donald Trump disse que espera que os dois países anunciem cortes de produção. Na segunda-feira, 6, os integrantes da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) farão uma reunião virtual para discutir o tema. Com isso, o petróleo WTI e brent voltavam a se apreciar nesta sexta, subindo mais de 10%. Ontem, a commodity fechou em alta de 25%.