De acordo com oposicionista, Assembleia Nacional Constituinte convocou para esta segunda uma sessão extraordinária para aprovar a medida
Caracas — O chefe do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino do país por mais de 50 governos, denunciou neste domingo que Nicolás Maduro pretende dissolver o Legislativo nesta segunda-feira (12).
“No dia de amanhã, eles (o chavismo) pretendem dissolver o parlamento, convocar ilegalmente eleições parlamentares e, inclusive, também perseguir maciçamente deputados”, disse Guaidó em vídeo divulgado pelas redes sociais.
Guaidó afirmou que a Assembleia Nacional Constituinte, integrada apenas por governistas e não reconhecida por vários países, convocou para amanhã, de forma “quase irregular”, uma sessão extraordinária para aprovar a medida.
“É a nova loucura da ditadura”, afirmou Guaidó no vídeo.
O líder da oposição disse que já entrou em contato com outros governos que o apoiam, entre eles o dos Estados Unidos, e preparará uma “ofensiva política” contra Maduro.
Além disso, Guaidó ressaltou que qualquer tentativa de perseguição contra os líderes da oposição não diminuirá a pressão sobre Maduro, que os críticos do chavismo querem tirar do poder para implementar um governo de transição e convocar “eleições livres”.
No vídeo, Guaidó também criticou a tentativa do chavismo de tentar convencer a população que o bloqueio sobre os bens estatais da Venezuela sob jurisdição dos EUA, anunciado na última semana por Donald Trump, é o motivo da crise econômica enfrentada pelo país.
“Isso é uma sanção contra Maduro por corrupção”, ressaltou Guaidó.
O líder chavista alertou nesta semana que punirá com severidade os “traidores” que apoiarem as novas sanções econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela.
A advertência foi reforçada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo chavismo, que reiterou as ameaças feitas pelo presidente do país.
Ontem, em um protesto contra o bloqueio imposto por Trump, Maduro chamou Guaidó de “verme desprezível” e de “traidor da pátria”.