A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, declarou apoio à Lava Jato nesta terça-feira (16) durante encontro com integrantes da força-tarefa do Paraná. Ela esteve reunida por cerca de três horas em Brasília com o coordenador da operação, Deltan Dallagnol, e outros sete procuradores.
Raquel Dodge disse que o combate à corrupção e outros crimes contra a administração pública, como lavagem de dinheiro e organização criminosa, são prioridades para o Ministério Público.
A procuradora-geral disse que lutar contra a corrupção é permitir que “o patrimônio público seja preservado e que a honestidade dos administradores prevaleça”.
Mensagens vazadas
A PGR afirmou que o vazamento de mensagens atribuídas aos procuradores, divulgado pelo site The Intercept Brasil, foi um dos temas abordados.
No encontro, o corregedor-geral do Ministério Público Federal, Oswaldo José Barbosa Silva, disse que recebeu quatro pedidos de apuração da conduta dos procuradores. O corregedor, no entanto, informou que arquivou todos, com base na “imprestabilidade da prova.”
Segundo o Ministério Público, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, voltou a se defender das mensagens atribuídas aos procuradores.
Ele demonstrou preocupação com o que classificou como uma tentativa de atingir o Ministério Público Federal e reforçou que o grupo cumpriu o dever no combate à corrupção. Dallagnol disse ter tranquilidade em relação ao que foi feito e que a linha ética não foi ultrapassada.
Investigação
Também nesta terça-feira, a Corregedoria Nacional do Ministério Público decidiu apurar se os procuradores da Lava Jato Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon quiseram lucrar com a realização de palestras.
Ao final da análise, o corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, vai decidir se abre processo disciplinar para investigar os dois procuradores ou se arquiva o caso.