Brinquedo ajuda no entendimento do braille, o sistema de escrita com pontos em relevo que permite a pessoas cegas ler pelo tato
A disponibilidade de audiolivros e aplicativos para deficientes visuais é cada vez maior. Por isso, o aprendizado do braille às vezes tem ficado em segundo plano. Só que isso dificulta o desenvolvimento da autonomia das crianças que não enxergam ou têm baixa visão
Para virar esse jogo, o Grupo Lego, junto com a Fundação Dorina Nowill para Cegos e a Universidade Estadual Paulista, criou o projeto Lego Braille Bricks. São kits de 250 peças moldadas com o mesmo número de pontos em relevo de letras e números do alfabeto para deficientes visuais.
“Se não entenderem coisas simples como letras maiúsculas, separação de palavras e pontuação, essas crianças poderão ter dificuldades, mais tarde, de se inserir na universidade e no mercado de trabalho”, justifica Ika Fleury, membro do Conselho Curador da Fundação Dorina Nowill. Com o brinquedo, a meninada aprende se divertindo.
Outras formas de aprender Braille
O Lego não é a única forma de os pequenos desbravarem o alfabeto para cegos: jogos interativos que dependem do tato também podem ser usados na escola. Mas, segundo Ika Fleury, eles são apenas complementos.
A máquina de escrever com teclas em braille ou o reglete com punção (instrumento de madeira com ponta metálica que perfura o papel) compõem o sistema tradicional.