Em pesquisa da CNI, quase metade dos entrevistados concorda que o Brasil é pouco ou muito pouco inovador
São Paulo – Apenas 6% dos executivos brasileiros consideram a indústria brasileira muito inovadora. É o que indica um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Com opiniões de presidentes e vice-presidentes de 100 empresas de grande, médio e pequeno porte, o levantamento mostra uma queda de 14% em relação à percepção de inovação da indústria brasileira registrada em 2015.
A pesquisa, que será detalhada no 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, entre os dias 10 e 11 de junho, aponta ainda que, para 49% dos empresários, o grau de inovação na indústria brasileira é considerado baixo ou muito baixo.
Para efeito de comparação 78% dos entrevistados credita aos Estados Unidos o título de país referência no assunto. A Alemanha, em segundo lugar, foi lembrada por 35% dos empreendedores. Israel, China e Japão fecham o ranking dos cinco país mais inovadores descritos no estudo.
Diversos motivos foram lembrados para explicar os resultados brasileiros. Para 25% dos entrevistados, o Brasil carece de uma cultura de inovação. Já 18,8% dos empresários culparam a falta de financiamento e de investimentos na área. A crise econômica, por outro lado, foi o maior obstáculo descrito por 14,6% dos presidentes e vice-presidentes procurados.
A pesquisa também detalhou alguns fatores externos às empresas que atrapalham o caminho da inovação no País. Entre eles, foram lembrados problemas como a falta de financiamento, o excesso de burocracia e a baixa qualificação da mão de obra contratada. “A qualidade da educação básica do ensino superior é um fator diretamente relacionado ao grau de inovação de uma economia”, afirma Gianna Sagazio, diretora de inovação da CNI.
Apesar da avaliação negativa, 96% dos empresários entrevistados pela CNI disseram que a inovação segue como um parte estratégica de seus empresas e 54% consideram seus negócios inovadores ou muito inovadores.