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Dólar cai monitorando avanços ligados à reforma da Previdência

Às 10:11, o dólar recuava 0,48%, a 3,9054 reais na venda

Câmbio: dólar caía ante o real nesta segunda-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

São Paulo — O dólar caía ante o real nesta segunda-feira, sem grandes novidades neste primeiro pregão de junho, com investidores monitorando avanços ligados à reforma da Previdência e o cenário externo.

Às 10:11, o dólar recuava 0,48%, a 3,9054 reais na venda

Na sexta-feira, a divisa norte-americana recuou 1,37%, a 3,9244 reais na venda. Na semana, a moeda acumulou desvalorização de 2,28% –a segunda seguida de baixa e a mais intensa desde o recuo de 2,91% na semana terminada em 1º de fevereiro.

Já no mês de maio, o dólar ficou praticamente estável ante o real, com variação positiva de 0,04%.

O dólar futuro caía por volta de 0,5% neste pregão.

O mês de junho começa com investidores na expectativa por avanços ligados à reforma da Previdência, sob a percepção de mais tranquilidade na cena política.

“Aparentemente há um consenso agora dos Três Poderes de que é necessário fazer as reformas e aparentemente todo mundo está imbuído dessa posição agora de que teria que dar andamento para que isso possa ocorrer num tempo bom”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O texto da reforma da Previdência encontra-se agora na comissão especial da Câmara dos Deputados, que deve apresentar seu parecer, previsto para até o dia 15. Em seguida, este parecer é votado e a matéria segue para o plenário da Casa.

“Todos os olhos estão voltados para a reforma da Previdência, com o próximo passo sendo a apresentação do relatório final na comissão especial. Apesar desse marco poder trazer sustentação ao mercado, o subsequente processo de contagem dos votos para a votação no plenário da Câmara será desafiador, e esperamos volatilidade.”, avaliaram economistas da XP Investimentos, em nota.

Nesta segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reúne com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília.

Agentes financeiros também voltam suas atenções para participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento em São Paulo, que também contará com a presença do secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, entre outras autoridades.

No exterior, ainda há aversão ao risco em razão das tensões comerciais dos Estados Unidos com a China e, mais recentemente, com o México. Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia visita ao Reino Unido, onde também há cautela em razão da iminente escolha do próximo premiê britânico.

O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.

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