Jovens são os que mais discordam em uma situação que independe de classe social. Nas ruas, a decepção vai para a gestão Rodrigo Rollemberg
A população do Distrito Federal está insatisfeita com as propostas de aumento de impostos do Governo de Brasília. A mais recente pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP) em parceria com o Jornal de Brasília mostra que 92,8% dos brasilienses não concordam com as políticas de reajustes. Jovens são os que mais discordam em uma situação que independe de classe social. Nas ruas, a decepção vai para a gestão Rodrigo Rollemberg.
“Só sabem aumentar imposto”, critica a dona de casa Célia Nunes, de 44 anos. Moradora de Santa Maria, ela reclama que “tudo aumenta de valor, menos o salário do trabalhador”. Por isso, diz não concordar com as tentativas de Rollemberg para crescer a arrecadação.
“Estão querendo que a gente pague por um erro que eles mesmos cometeram, não acho certo isso. Além disso, não tem benefício algum. O transporte está horrível, os hospitais, nem se fala. Esse governo está perdido, igual ao Agnelo”, garante.
Maioria
A opinião de Célia representa a maior parte da população da capital, que, de acordo com o Exata OP, está aborrecida com os rumos da economia do DF que resultam em consequências diretas ao bolso do contribuinte. Somente 5,2% dos entrevistados afirmaram concordar com as tentativas de aumento de tributos encaminhados à Câmara Legislativa.
A maioria, representada por 92,8% dos ouvidos no último dia 3, têm avaliação contrária. Estes consideram errada a atitude do Governo de Brasília em tentar reajustar os tributos pagos pela população brasiliense. Dois por cento dos entrevistados não souberam responder.
“Para resolver o problema, tinha que cortar os gastos do GDF e parar de gastar mal, porque é o que está acontecendo. Não se faz nada e aumenta tudo. Estamos pagando tudo para eles e de forma alguma vejo voltar como benefícios”, considera o autônomo Marcelo Carneiro, de 30 anos.
“Tudo está errado”
A diarista Maria José, 54 anos, reclama: “Parece que nem trocou de governo”. Moradora de Planaltina, ela acha que “tudo está errado” e critica os aumentos de impostos, taxas e tarifas enquanto o emprego diminui. No segundo trimestre do ano, o desemprego no DF marcou 9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.