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A sonda Rosetta cortou nesta quarta-feira a comunicação com o robô Philae, que fez um pouso histórico no cometa 67P em novembro de 2014

Imagem distribuída pela Agência Espacial Europeia, o primeiro e histórico autorretrato do robô Philae, ancorado na superfície do cometa 67P. Vê-se no canto esquerdo inferior um dos pés da sonda. (VEJA.com/Divulgação/Divulgação)
Imagem distribuída pela Agência Espacial Europeia, o primeiro e histórico autorretrato do robô Philae, ancorado na superfície do cometa 67P. Vê-se no canto esquerdo inferior um dos pés da sonda. (VEJA.com/Divulgação/Divulgação)

A sonda  Rosetta cortou nesta quarta-feira a comunicação com o robô espacial Philae, que fez um pouso histórico no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em novembro de 2014. O término da comunicação prepara o fim da missão, que deve acontecer em 30 de setembro, com a aterrissagem da sonda no cometa, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA). O novo pouso vai concluir uma viagem de 12 anos que permitiu incontáveis avanços no conhecimento a respeito desses corpos celestes.

“Hoje, a comunicação com o Philae foi cortada”, declarou à Agência France-Presse Andreas Schuetz, porta-voz da Agência Espacial Alemã (DLR). “É o fim de uma missão fascinante e bem sucedida.”

Adeus, Philae

Os cientistas desligaram o Electrical Support System Processos Unit (ESS, na sigla em inglês), equipamento usado para as comunicações entre Rosetta e Philae, que está silencioso sobre o cometa 67P desde 9 de julho de 2015. Como a sonda Rosetta, que segue a órbita do cometa, está se afastando cada vez mais do Sol e seus painéis recebem cada vez menos luz, é preciso poupar a energia para que, assim, seus instrumentos possam continuar funcionando ao longo dos dois meses que restam até o fim da missão.

Depois de dez anos de viagem como passageiro da sonda Rosetta, o robô Philae pousou no cometa e quicou algumas vezes. Por esse motivo, ele acabou parando em um ponto de sombra, fora do ponto escolhido pelos cientistas. Equipado com dez instrumentos, o Philae trabalhou durante 60 horas e depois passou a hibernar, por falta de energia.

Em junho de 2015, despertou inesperadamente e manteve vários contatos com a Terra, mas não voltou a dar sinais de vida desde 9 de julho do ano passado.

Em fevereiro, as equipes responsáveis pelo robô decidiram não enviar mais ordens, mas continuavam na escuta por precaução. A decisão de interromper a comunicação foi tomada pelo comando da missão e será colocada em prática pelo Centro de Operações da Missão Rosetta, em conjunto com a DLR e a seção de solo de Rosetta, segundo um comunicado da ESA.

Para se despedir do robô, a DLR está encorajando usuários do Twitter de todo o mundo a enviar mensagens de adeus para Philae, acompanhada por #GoodbyePhilae:

(Com AFP)

 

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