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São Paulo completa uma semana de escolas ocupadas nesta segunda

Primeira ocupação aconteceu na noite do dia 9, na E. E. Diadema. Governo diz que oito escolas foram invadidas; sindicato cita 24.

Há uma semana, alunos passaram a ocupar escolas de São Paulo como protesto contra a reestruturação do ensino do governo do estado. A primeira aconteceu na noite do dia 9, segunda-feira, quando 18 alunos ocuparam o refeitório da E. E. Diadema.

Até esta segunda (16), outras escolas da Grande São Paulo e do interior foram ocupadas.

Nesta manhã, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) dizia que 24 escolas estavam ocupadas. Em seu último balanço, ocorrido no sábado (14), a Secretaria Estadual de Educação confirmava a ocupação de oito escolas.

Confusão
A Justiça chegou a pedir reintegração de posse da Fernão Dias e de Diadema, mas os pedidos foram suspensos.

Além disso, na Fernão Dias, houve tumulto com a Polícia Militar, alunos passaram mal, e um diretor do sindicato foi detido. Na Escola Estadual José Lins do Rego, no Jardim Ângela, houve confronto e dois manifestantes e um policial militar ficaram feridos.

Na sexta-feira (13), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse que ocupou três escolas estaduais. A Polícia Militar confirmava a Escola Estadual Elizete Oliveira Bertini, em Embu das Artes. O grupo também disse que estava na escola Antônio Adib Chammas, em Santo André, no ABC, e na EE Comendador Miguel Maluhy, em Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.

 Na manhã desta segunda, o movimento reivindicou a ocupação de mais duas escolas, a EE Negrini e a E E Neyde Aparecida Sollito. A PM confirmou a manifestação na Negrini, mas disse que o ato já foi encerrado, e disse não ter recebido chamado para a Sollito.

Secretaria cria sistema para consulta sobre transferências
Quase 20 dias após a divulgação da lista das 94 escolas estaduais que serão fechadas, a Secretaria Estadual de Educação informou que criou um sistema online de consulta de pais e alunos sobre a matrícula do próximo ano.

O acesso no Portal da Educação é individual e requer o registro do aluno. Com isso, é possível conferir quais unidades atenderão estudantes do Ensino Fundamental e Médio transferidos após a reestruturação.

Pais, alunos e diretoria de ensino tiram dúvidas sobre reorganização
Neste sábado (14) foi dia de tirar dúvidas sobre as mudanças no ensino público estadual. As escolas ficaram abertas pra receber pais e alunos. Muitos não concordam com o que vai acontecer. O dia foi chamado de “Dia E” pela secretaria de educação.

Estava a critério das escolas funcionar até as 17h deste sábado, mas muitas fecharam às 13h, mais cedo porque não houve movimento. O encontro foi criado depois do anúncio da mudança na educação, já que muitos pais e alunos ficaram sem saber o que vai acontecer.

Na reunião, os pais foram informados para onde o seu filho será transferido. Pais e alunos vão poder acessar as listas com os nomes de 311 mil estudantes envolvidos na transferência de escolas do total de 3,8 milhões de matriculados. A mudança atinge ainda 74 mil professores.

Estudantes ocupam a Escola Estadual     Salvador Allende, no bairro José     Bonifácio, na zona leste de São Paulo, contra a reorganização nas escolas da rede estadual pelo governo Geraldo Alckmin  (Foto: ALE VIANNA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)
Estudantes ocupam a Escola Estadual Salvador Allende, no bairro José Bonifácio, na zona leste de São Paulo, contra a reorganização nas escolas da rede estadual pelo governo Geraldo Alckmin (Foto: ALE VIANNA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)

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