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Profissionais de tecnologia reclamam de racismo e assédio

Estudo contraria a costumeira imagem que se tem da área da inovação, cujo símbolo máximo é o Vale do Silício

O Centro de Impacto Social Kapor, instituto americano especializado em tecnologia, divulgou o estudo Tech Learvers Study. Trata-se de um levantamento que mostra os motivos pelos quais  profissionais de tecnologia deixaram seus empregos. O relatório apontou racismo e assédio sexual como justificativas para a decisão de sair do trabalho. O resultado contraria, em muito, a visão (muito calcada em uma simplória percepção de senso comum) de que a área de tecnologia, cuja “meca” se localiza no Vale do Silício, seria libertária e inclusiva.

O instituto ouviu 2 mil profissionais de tecnologia que deixaram seus respectivos trabalhos no últimos três anos. Os resultados mostraram que 78% dos entrevistados relataram comportamento ou tratamento injusto. Além disso, uma em cada dez mulheres disseram ter sofrido assédio sexual no ambiente corporativo; e os funcionários homossexuais afirmaram que estavam mais expostos a intimações, bullying e humilhação em público.

De acordo com o levantamento, os homens negros também não se sentiam bem no escritório. Eles registraram um número de queixas de injustiças e maus-tratos 40% maior, em relação aos outros grupos. O que revela tendências racistas no ambiente de trabalho.

O instituto também verificou que 57% dos funcionários que deixaram o emprego afirmaram que não teriam tomado a decisão se seus chefes e empregadores propusessem uma atmosfera mais amigável. Dentre as demandas desses desgostosos, está uma política mais justa de inclusão de minorias.

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