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Moradores se antecipam e começam a adotar medidas para driblar racionamento

Moradores de regiões abastecidas pelo Sistema Santa Maria/Torto se antecipam e começam a adotar medidas de reaproveitamento do recurso. O racionamento nessas áreas começa na segunda-feira e a Caesb prevê economia de 10% a 12%

Breno Fortes/CB/D.A Press
Concita armazena água da chuva e da máquina de lavar em tambores
A rotina do brasiliense em relação ao uso da água mudou antes mesmo do início do racionamento. Na segunda-feira, começa o primeiro ciclo do rodízio de água nas regiões abastecidas pelo sistema Santa Maria/Torto —como Plano Piloto, Varjão e Lago Norte — e alguns moradores da capital se preparam para os impactos. Reutilizam o recurso como medida alternativa para contribuir com a recuperação dos níveis dos reservatórios. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) espera que, com a implantação do rodízio nessas áreas, ocorra redução de 10% a 12% na captação de água para abastecer a população.
Para muitos, o melhor é reduzir o consumo agora para não faltar água mais à frente. É esse o pensamento da salgadeira e moradora do Cruzeiro Concita Martins, 54 anos. Há um ano, ela reutiliza água da chuva e da máquina de lavar em seis tambores interligados entre si, com capacidade para 200 litros cada. Os 1,2 mil litros que consegue armazenar são bombeados para a caixa-d’água. Concita gastou R$ 1 mil com o sistema, investimento que, para ela, valeu a pena. “Uso essa água para tudo. Tomar banho, lavar louça, limpeza da casa. Só não uso para beber. Minha conta baixou para a metade”, conta. Preocupada com a saúde, Concita mantém os galões limpos. Uma vez por semana, os tambores são lavados e todos têm tampa para evitar a proliferação do mosquito da dengue.
Também morador do Cruzeiro, José Ribeiro de Almeida, 46, aproveita a água da chuva e da máquina de lavar usando calhas e um recipiente que armazena 500 litros. Com o aproveitamento, lava a garagem, molha as plantas e faz a limpeza da casa. “Se agora os níveis dos reservatórios estão desse jeito, como as coisas vão ficar em agosto e setembro? A gente fica preocupado de como será sem água. A prevenção tinha que ter vindo antes”, observa.

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