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México oferece asilo político para fundador do WikiLeaks, Julian Assange

Nesta segunda-feira (4/01), a Justiça britânica rejeitou sua extradição para os Estados Unidos para ser julgado pela publicação de centenas de milhares de documentos secretos

(crédito: Justin Tallis/AFP)

O governo do México ofereceu, nesta segunda-feira (4/01), asilo político para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, depois que a Justiça britânica rejeitou sua extradição para os Estados Unidos para ser julgado pela publicação de centenas de milhares de documentos secretos.

“Vou pedir ao secretário de Relações Exteriores que faça os trâmites correspondentes para que se solicite ao governo do Reino Unido a possibilidade de que o senhor Assange fique em liberdade e o México lhe ofereça asilo político”, declarou o presidente Andrés Manuel López Obrador, em sua habitual entrevista coletiva matinal.

López Obrador disse que o México oferece asilo com proteção, mas também com “a responsabilidade de zelar para que quem recebe o asilo não intervenha, nem interfira, nos assuntos políticos de nenhum país”.

Mais cedo, a Justiça britânica rejeitou a extradição de Assange para os Estados Unidos, considerando que, se o fizesse, poderia cometer suicídio.

Assange, de 49 anos, está há 20 meses detido na prisão de Belmarsh, em Londres, desde sua espetacular detenção em abril de 2019 na embaixada do Equador no Reino Unido. Ele viveu por sete anos como refugiado nessa missão diplomática.

Assange e WikiLeaks se tornaram conhecidos em 2010, após a divulgação de cerca de 700 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais que colocaram os Estados Unidos em uma difícil situação.

Washington o acusa de colocar em risco a vida de seus informantes, ao publicar documentos secretos sobre as ações militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. O material vazado revelou atos de tortura, mortes de civis e outros abusos.

O México já havia oferecido asilo político a outras personalidades internacionais, como o ex-presidente boliviano Evo Morales, que chegou ao país em novembro de 2019, após renunciar à Presidência de seu país.

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