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Brasília tem recorde de incêndio em período de seca

Os primeiros sete meses registraram quase 120% a mais de fogo em áreas florestais em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Corpo de Bombeiros. Meteorologistas esperam que a umidade relativa do ar caia a 12% nos próximos meses

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Incêndio atingiu o cerrado em Sobradinho em abril: até 20 de julho, bombeiros atenderam 2.506 chamados

As altas temperaturas e a baixa umidade das últimas semanas castigam o cerrado. A cada dia, mais de 12 incêndios são registrados em áreas florestais. Até 20 de julho, os bombeiros atenderam 2.506 chamados, 1.366 a mais na comparação com os sete primeiros meses do ano passado, quando houve 1.140 registros — a variação é de 119,82%. Os dois maiores incêndios em 2016 aconteceram em 24 de maio, no Parque Nacional, quando atingiu 451,4 hectares; e em 9 de julho, na região do Incra, com a destruição de 276 hectares. Para a corporação, a estiagem característica nesta época do ano no DF é um dos fatores que contribuem para o aumento dos registros.

Até 20 de julho, as chamas atingiram 4.925,82 hectares contra 12.685,08ha afetados durante todo o ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros, diariamente, 210 militares atuam no combate às chamas, mas o efetivo total fica de sobreaviso. “São homens de diversas escalas, mas coordenados pelo Grupamento de Proteção Ambiental”, explicou o comandante do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Alan Alexandre Sérgio.

O combate é realizado tanto em terra como em sobrevoos. Caminhões preparados da corporação transportam até 3 mil litros d’água. Também são utilizados carros que transportam equipes menores para fazer o reconhecimento da área queimada ou agir em intervenções rápidas. Além disso, são utilizados o helicóptero da corporação e aviões. “As aeronaves são utilizadas todos os dias. A última vez foi nesta semana para atender uma ocorrência de fogo em vegetação”, disse o oficial.

Segundo o tenente-coronel Alan Alexandre, as condições climáticas contribuem para alavancar a quantidade de ocorrências, mas ele considera que a capacidade de resposta dos militares também interfere na quantidade. “Temos mais gente e, consequentemente, atendemos mais ocorrências. Todo o efetivo da corporação está disponível. As condições climáticas desidratam rapidamente a vegetação, que fica mais propícia a queimar”, destacou.

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