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Bolsonaro chega aos Estados Unidos para fortalecer aliança com Trump

Além de encontro com Trump, presidente aproveitará viagem para participar de vários fóruns sobre as oportunidades que a economia brasileira oferece

Montagem com Donald Trump e Jair Bolsonaro: presidentes têm primeira reunião bilateral nesta terça-feira (19) (Montagem/EXAME)

O presidente Jair Bolsonaro chegou nesse domingo, 17, aos Estados Unidos, onde vai se reunir na terça com o colega americano, Donald Trump, para selar uma incipiente aliança conservadora, fortalecer laços econômicos e militares e intensificar a pressão sobre a Venezuela.

Esta é a primeira visita oficial de Bolsonaro ao exterior desde que assumiu o poder, em 1º de janeiro, embora sua estreia internacional tenha acontecido no Fórum de Davos, que aconteceu na Suíça no mesmo mês.

“Pela primeira vez em muito tempo, um Presidente brasileiro que não é anti-americano chega a Washington. É o começo de uma parceria pela liberdade e prosperidade, como os brasileiros sempre desejaram”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

O presidente viajou acompanhado por seis ministros, incluindo o chanceler Ernesto Araújo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o da Justiça e Segurança, Sérgio Moro.

Seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro – muito ativo nas articulações com representantes da onda neoconservadora mundial – já estava nos Estados Unidos.

O presidente brasileiro estará na capital americana até a terça-feira e ficará na Blair House, residência oficial para hóspedes situada em frente à Casa Branca.

Bolsonaro anunciou esta semana que o destaque da visita será a assinatura de um acordo que permitirá o lançamento de satélites americanos a partir da base de Alcântara, no Maranhão (nordeste).

Além de manter uma reunião privada com Trump na terça-feira no Salão Oval da Casa Branca, Bolsonaro aproveitará sua estada em Washington para se reunir com o secretário-geral da Organização de Estados Americanos, Luis Almagro, e participará de vários fóruns sobre as oportunidades que a economia brasileira oferece.

Na noite de domingo, o presidente compareceu a um jantar na residência do embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, para o qual foram convidados Steve Bannon, o polêmico ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, e o escritor brasileiro radicado nos Estados Unidos Olavo de Carvalho, considerado o guru de Bolsonaro.

Walter Russell Mead, colunista do Wall Street Journal, Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana, Chris Buskirk, editor do portal American Greatness, entre outros, também eram esperados no evento.

Na tarde de domingo, cerca de 50 pessoas se reuniram em frente à Casa Branca para protestar com cartazes que diziam “Bolsonaro assassino” e “Libertem Lula”.

Venezuela na agenda

Um dos eixos da agenda bilateral é a crise na Venezuela. A oposição ferrenha ao que os dois governos consideram uma “ditadura” no país caribenho é um dos temas que mais une os presidentes.

Os Estados Unidos estão à frente dos mais de 50 países – entre eles o Brasil – a reconhecer o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino, e aplicou sanções econômicas e um embargo ao petróleo venezuelano, crucial para a sua economia, que começará a vigorar em 28 de abril.

“Brasil e Estados Unidos juntos assustam os defensores do atraso e da tirania ao redor do mundo. Os quem tem medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!

Na quinta-feira, Bolsonaro anunciou que durante sua visita será assinado o acordo de salvaguardas tecnológicas que permitirá o uso da base de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes americanos.

A base de Alcântara de uma localização ideal aos lançamentos espaciais por sua proximidade com a linha do equador, o que permite economizar 30% em combustível ou transportar mais carga.

Espera-se também que ambos os líderes discutam medidas para aumentar o comércio bilateral e a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Após sua viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro visitará o Chile e viajará a Israel no final do mês, em um sinal claro de sua tentativa de se aproximar de governos que ele considera comprometidos com suas opções ideológicas conservadoras e economicamente liberais.

Fonte Exame

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