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Aliados de Putin na América Latina encomendam vacina Sputnik V

A rápida aprovação pela Rússia, com a publicação de apenas alguns ensaios, minou a confiança do mundo na vacina; Putin disse que sua própria filha já a tomou

Profissional de saúde prepara potencial vacina russa contra Covid-19 Sputnik V para aplicação em Tver 12/10/2020 REUTERS/Tatyana Makeyeva (Tatyana Makeyeva/Reuters).

A Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida por um instituto do governo russo, foi recebida com muito ceticismo por parte de reguladores globais. Exceto na América Latina. Na Argentina, Venezuela e, agora, na Bolívia – todos sob o comando de presidentes de esquerda que apoiam o líder russo Vladimir Putin -, a Sputnik foi aprovada para uso emergencial. No total, os países já encomendaram mais de 30 milhões de doses da vacina.

No mês passado, a Argentina se tornou o primeiro país além da Rússia a distribuir a vacina Sputnik. E os governos da Nicarágua e de Cuba, também antigos aliados de Putin, disseram que a Rússia poderia começar a produzir a vacina em fábricas locais.

Reguladores em muitos países não estão dispostos a aprovar rapidamente a Sputnik V, mesmo com o sinal verde para as vacinas dos EUA e da Europa. A rápida aprovação da vacina pela Rússia, antes que seus desenvolvedores publicassem dados científicos e depois de apenas alguns ensaios, minou a confiança.

A Rússia diz que as críticas são parte de uma longa campanha de desinformação contra o país, e Putin disse que sua própria filha tomou a vacina.

O Ministério da Saúde da Argentina informou que as primeiras 39.599 vacinações haviam produzido 1.088 reações adversas até 3 de janeiro, como febre e dores de cabeça.

Mais de 15,6 milhões de doses de diversas vacinas em 37 países foram administradas até agora, segundo dados coletados pela Bloomberg.

 

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